Extremistas islâmicos querem matar todos que seguirem a 'religião estrangeira'
Farhan Haji Mose tinha 25 anos de idade e, segundo fontes cristãs, ele foi vigiado por seis meses, antes de ser morto.
Nascido em família muçulmana, Mose despertou suspeitas quando ele voltou para a Somália, no final do ano passado, após passar um tempo no Quênia, onde se converteu. Enquanto a Somália é quase 100 por cento muçulmana, 83% dos quenianos são cristãos.
Uma multidão foi reunida na cidade costeira na manhã de sexta-feira para assistir a execução de Mose, disseram as fontes. ”Seu corpo foi dividido em dois e, em seguida, jogados perto da praia de Barawa” disse um cristão que testemunhou o assassinato.
Rebeldes da Al Shabaab mataram dezenas de cristãos convertidos do islamismo desde que iniciaram uma campanha para “livrar” a Somália do cristianismo. Calcula-se que eles sejam entre três e sete mil soldados, procurando impor uma rigorosa versão da sharia (lei islâmica) na Somália.
O governo de transição que está no poder afirma ser moderado, mas sabe-se que já adotou uma versão da sharia que prevê a pena de morte para aqueles que deixam o islã.
Considerada uma organização terrorista por vários governos ocidentais, a Al Shabaab é um dos vários grupos paramilitares que surgiram depois que as forças rebeldes etíopes tomaram o poder na Somália em 2006.
Mortes violentas de cristãos na região tem assustado até mesmo os muçulmanos que não concordam com ações como decapitação e crucificação a que são submetidos os muçulmanos que se convertem a Cristo.
Testemunhas muçulmanas descreveram as mesmas cenas de execuções. Eles temem os extremistas, que acusaram Mose de ser um espião a serviços dos estrangeiros e de abraçar a “religião estrangeira do cristianismo.”
Um pescador muçulmano que trouxe o corpo de Mose para a praia no dia seguinte lamentou, “Foi um assassinato brutal. Por que o Al Shabaab matou esse homem? Será que ele merece uma morte tão violenta porque se uniu com o povo cristão no Quênia? ”
“Estou triste com a morte do meu amigo Mose”, disse um cristão membro da igreja subterrânea do país. Ele conta que havia incentivado Mose a seguir a nova fé depois que o jovem voltou do Quênia. Um líder da igreja na região disse que as pessoas que abandonam o Islamismo precisam estar preparadas para perseguições. Traduzido de Morning Star News.
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