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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dezenas de milhares lembram vítimas de massacre chinês em 1989

Forças do governo mataram centenas; mensagem na bolsa é vista na web
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nesta segunda-feira (4) no Parque Victoria, em Hong Kong, para uma vigília em memória às vítimas do massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em 1989, em Pequim.

A data marca os 23 anos desde o episódio, quando acredita-se que centenas ou até milhares de pessoas foram mortas por forças militares do governo na capital chinesa. O ataque com tanques e soldados pôs fim a seis semanas de protestos pró-democracia que tinham a praça como palco principal.

Coincidência?

Os internautas chineses acreditaram ter visto nesta segunda-feira uma conspiração no índice da bolsa de Xangai, que perdeu 64,89 pontos, um número que pode ser interpretado como a data de 4 de junho de 1989, a do massacre de Tiananmen (Praça da Paz Celestial), que completa 23 anos nesta segunda-feira.

"É uma coincidência ou uma forma de protesto silencioso?", perguntava um fórum da página de análises da bolsa Gushequ, em referência à repressão do exército chinês contra os manifestantes pró-democracia no dia 4 de junho de 1989.

Nesta segunda-feira, os censores fizeram todo o possível para evitar as discussões na internet sobre os incidentes de Tiananmen, um massacre no qual centenas, talvez milhares de manifestantes, morreram.

Nas redes sociais chinesas ficaram bloqueadas todas as buscas com a data de 4 de junho, com o número 23 (de 23º aniversário) ou com a palavra "vela", enquanto os meios de comunicação não citaram o aniversário.

Os internautas também viram um sinal na abertura da bolsa de Pequim nesta segunda-feira, que começou com 2.346,98 pontos, um número que, segundo alguns, reflete o 23º aniversário de 4 de junho (4/6) de 1989 (mudando os últimos dois números).

Reagindo aos comentários, os censores chineses bloquearam rapidamente todas as alusões a esta coincidência de números na popular página Sina Weibo, o equivalente chinês do Twitter.


Fonte: G1