Agora que a Igreja chinesa experimenta muito mais liberdade do que no passado, um dos maiores projetos é a criação de treinamentos entre os chineses Han**. "Minha reunião com eles me deu inúmeras percepções", disse Sheng. "Nós trabalhamos com cinco níveis de treinamentos: informação interesse, inspiração, envolvimento e engajamento. Contudo, o que descobri foi que há muitos líderes cristãos na China que já oram pela Igreja Perseguida. Embora tenham pouca ou nenhuma informação, eles ajudam em oração. Cheguei à conclusão de que muitos colocariam suas vidas em risco pelos irmãos e irmãs da Igreja Perseguida, mas eles não têm ideia de como se envolver".
O grupo que Sheng conheceu é um claro exemplo.
"Eles sabiam pouco sobre a Igreja Perseguida. Porém, eu pude ver uma
determinação dada por Deus em seus olhos. Eles diziam: ‘Nós fomos
chamados para orar’. Então todo mês eles oram e jejuam durante dois
dias. Eles têm também selecionado intercessores por algum país
especifico que Deus tenha colocado em seus corações. Eles dizem que
quanto mais oram por determinado país, mais ficam apaixonados por ele.
Para eles, é a forma que encontraram de apoiar os membros de sua família
na fé".
Deus usa essas vigílias de oração para
inspirar os cristãos chineses a se envolverem com a Igreja Perseguida em
outros países também. "Eu falei com a irmã Da-Xia*. Enquanto ela estava
orando, o Espírito Santo a desafiou a visitar uma missionária em
Bangladesh. Isso aconteceu no ano passado, quando houve uma séria
epidemia de dengue em Bangladesh e também um levante político.
Ela questionou a Deus e deu algumas desculpas a ele. Então Deus a respondeu: ‘Você iria por sua irmã em Cristo? ’. Ela respondeu: ‘Sim, Senhor, eu iria a qualquer lugar por minha irmã’. E Deus a respondeu: ‘Você iria por minha filha?’. Ela respondeu que ‘sim’. Então ela perguntou quantas pessoas gostariam de ir com ela e seis pessoas responderam positivamente".
Ela questionou a Deus e deu algumas desculpas a ele. Então Deus a respondeu: ‘Você iria por sua irmã em Cristo? ’. Ela respondeu: ‘Sim, Senhor, eu iria a qualquer lugar por minha irmã’. E Deus a respondeu: ‘Você iria por minha filha?’. Ela respondeu que ‘sim’. Então ela perguntou quantas pessoas gostariam de ir com ela e seis pessoas responderam positivamente".
Não havia líderes entre esses seis e Da-Xia
começou a duvidar. Ela tinha realmente entendido a voz de Deus? Se sim,
porque os líderes chave não se engajaram nessa viagem? "Mas Deus lhe
disse que ele selecionou os seis porque eles estavam comprometidos a
orar por Bangladesh. O grupo estava muito amedrontado para ir. Como eles
poderiam se proteger dos ataques mortais daquele mosquito? Todos
escreveram seus últimos desejos porque estavam com a expectativa de que
morreriam em Bangladesh. A irmã Da-Xia lhes disse que somente o amor de
Deus poderia derrotar o medo deles, e uma vez que tivessem lidado com
isso, eles poderiam enfrentar a morte sem medo nenhum."
Em Bangladesh ninguém ficou doente, mas o
Espírito Santo fez mais do que protegê-los das ameaças. Quando eles se
encontraram com a missionária, descobriram que ela se sentia solitária e
rejeitada. "Deus disse à irmã Da-Xia que abraçasse a jovem missionária.
É preciso entender que isso é totalmente fora do padrão cultural
chinês. As pessoas não se abraçam. Mas ela o fez e esse gesto significou
muito para a missionária. Foi como se os sentimentos de solidão e
rejeição tivessem desaparecido. Seu coração endurecido amoleceu".
A reunião com a irmã Da-Xia e com outros
obreiros deu a Sheng um enorme impulso de confiança. "É maravilhoso ver
como Deus trabalha e como ele usa a Igreja chinesa nos ministérios de
oração e presença. Isso nos mostra que precisamos continuar a criar
treinamentos entre os cristãos chineses e a dar a eles ferramentas para
se envolverem. Deus tem um grande plano para a Igreja chinesa".
*Nomes alterados por motivos de segurança.
** A maioria dos chineses (90%) pertence à etnia Han. Os outros 10% pertencem a outras minorias.
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