Referência: Efésios 6.10-24
INTRODUÇÃO
• Houve uma rebelião no céu. Lúcifer e seus anjos foram expulsos do céu. Esses seres espirituais malignos não dormem, não descansam nem tiram férias. No Édem o diabo levou os nossos primeiros pais a caírem. A partir daí, o homem morreu espiritualmente. O homem natural está sob o domínio de Satanás: na potestade de Satanás (Atos 26:18), na casa de Satanás (Lucas 11:20-22), no reino das trevas (Colossenses 1:13), fazendo a vontade de Satanás (Efésios 2:1-3).• Esse terrível inimigo luta constantemente para derrubar aqueles que nasceram de Deus e são filhos de Deus. Aqueles que ainda não nasceram de novo são chamados filhos do maligno. Há uma luta mundial, supra racial, supra-terrenal, espiritual e sem trégua.
• Não existe pessoa neutra nessa guerra. Não existe tempo de trégua nessa guerra. Não existe acordo de paz. Existem só duas categorias aqueles que estão alistados no exército de Deus e aqueles que pertencem ao exército de Satanás.
I. O INIMIGO CONTRA QUEM LUTAMOS NESSA BATALHA – V. 11-13
1. É um inimigo invisível – v. 11-12
• Esse inimigo está nos espreitando vinte quatro horas por dia. Ele é como leão que ruge ao nosso derredor. Ele vive a rodear a terra e passear por ela. Ele escuta cada palavra que você fala e vê cada atitude que você toma e acompanha cada ato que você pratica escondido.
• Ele é um inimigo espiritual. Você não guerrear contra ele com armas carnais. Ele não pode ser destruído com bombas atômicas. Ele age de forma inesperada.
2. É um inimigo maligno – v. 11-12
• A Bíblia o chama do diabo, Satanás, assassino, ladrão, mentiroso, destruidor, tentador, maligno, serpente, dragão. Seu intento é roubar, matar e destruir. Ele sabe que já está sentenciado à perdição eterna e quer levar consigo homens e mulheres.
3. É um inimigo astuto – v. 11
• Ele age dissimuladamente como uma serpente – Ele se disfarça. Ele se transfigura em anjo de luz. Seus minitros parecem ser ministros de justiça. Ele usa uma voz mansa. Ele usa muitas máscaras. Ele tenta enganar as pessoas levando-as a duvidar da Palavra de Deus e exaltando o homem ao apogeu da glória.
• Ele age assustadoramente como um leão – Ele ruge para assustar. O dia mau é o dia de duras provas, nos momentos mais críticos a vida, quando o diabo e seus subordinados sinistros nos assaltam com grande veemência. Ele ameaça e intimida as pessoas de as destruir (Centros espíritas). Ele ataca com fúria no dia mau (Ziclague) – Exemplo: A mulher que perdeu toda a sua família.
• Ele age com diversidade de métodos – Ele estuda cada pessoa para saber o lado certo para atacá-la. Sansão, Davi, Pedro foram derrubados porque o diabo mudou seus métodos.
4. É um inimigo persistente – v. 13
• O diabo e suas hostes não ensarilham suas armas. Eles ao serem derrotados, voltam com novas estratégias. Foi assim com Jesus no deserto, onde foi tentado (Lucas 4:13). Elias fugiu depois de uma grande vitória. Sansão foi subjugado pelos filisteus depois de vencê-los. Davi venceu exércitos, mas caiu na teia da luxúria. Pedro caiu na armadilha da auto-confiança.
5. É um inimigo numeroso – v. 12
• O diabo e seus anjos estão tentando, roubando e matando pessoas em todo o mundo. Eles são numerosos. Não podemos vencer esses terríveis exércitos do mal sozinhos nem com as nossas próprias armas.
6. É um inimigo oportunista – v. 11,14
• Mesmo depois que o vencemos, precisamos continuar firmes (v.11,14), porque ele sempre procura um novo jeito de atacar.
• Quando o crente deixa de usar TODA a armadura de Deus, e ele encontra uma brecha, ele entra e faz um estrago (Efésios 4:26-27). Não podemos ter vitória nessa guerra se não usarmos todas as peças da armadura. Não podemos permitir que o inimigo nos encontre indefesos.
• O pregador Maclaren diz que o diabo e suas hostes buscam uma estratégia para nos atacar de súbito, sem nenhum aviso, sem nenhum sinal de tempestade.
II. O EQUIPAMENTO QUE PRECISAMOS PARA ESSA BATALHA – V. 14-17
1. O cinturão da Verdade – v. 14
• Satanás é o pai da mentira (João 8:44), mas o crente cuja vida é controlada pela verdade pode vencê-lo. A máscara da mentira um dia cai. O cinturão é que segurava as outras parte da armadura juntas. A verdade é a força integrante na vida de um crente vitorioso. Um homem de integridade, com uma consciência limpa, pode enfrentar o inimigo sem medo – Lutero enfrenta a Dieta de Worms.
• O cinturão é que segurava a espada. A não ser que você pratique a verdade, você não pode usar a Palavra de Verdade. Davi viveu um ano mentindo sobre o seu caso com Bate-Seba e tudo começou a ir de mal a pior na sua vida.
2. A couraça da Justiça – v. 14
• Esta peça da armadura feita de metal cobria o guerreiro do pescoço ao peito. Protegia o coração e os órgãos vitais. Este é um símbolo da justiça que o crente tem em Cristo (2 Co 5:21), assim como o caráter justo que o crente exerce na sua vida diária (Ef 4:24). A couraça representa a vida devota e santa, ou seja, retidão moral. Sem a justiça de Cristo e a santidade pessoal não tem defesa contra as acusações de Satanás (Zc 3:1-3).
• Satanás é o acusador, mas sua acusação não prospera por causa da justiça de Cristo imputada a nós (Rm 8:31-35). Mas, nossa justiça posicional em Cristo, sem uma justiça prática na vida diária, apenas dá a Satanás oportunidade para nos atacar.
3. O calçado do Evangelho – v. 15
• Os soldados romanos usavam uma sandália com cravos na sola para lhes darem segurança e agilidade na caminhada e corrida por lugares escarpados. Se nós queremos ficar firmes e de pé na luta, precisamos estar calçados com o Evangelho (que nos dá paz com Deus e com o próximo).
• Nós precisamos ter pés velozes para anunciar o evangelho da paz aos perdidos (Is 52:7). O diabo declara guerra para destruir os homens, mas nós somos embaixadores do evangelho da paz (2 Co 5:18-21).
4. O escudo da Fé – v. 16
• Esse escudo media 1,6 metros por 0,70 metros. Ele protegia todo o corpo do soldado. Era feito de madeira e coberto por um couro curtido. Quando os soldados lutavam emparelhados, formavam como que uma parede contra o adversário. Uma das armas mais terríveis eram os dardos inflamados porque não apenas feriam, mas também incendiavam.
• O diabo lança dardos inflamados em nossos corações e mentes: mentiras, pensamentos blasfemos, pensamentos de vingança, dúvidas e ardentes desejos de pecar. Se nós não apagarmos esses dardos pela fé, eles irão acendar um fogo dentro de nós e nós iremos desobedecer a Deus.
• Na aljava do diabo há toda espécie de dardos ardentes. Alguns dardos inflamam a dúvida, outros a lascívia, a cobiça, a vaidade, a inveja. Exemplo: O filme O advogado do diabo.
5. O capacete da Salvação – v. 17
• Satanás deseja atacar a mente, a estratégia pela qual ele derrotou Eva. Essa peça da armadura fala de uma mente controlada por Deus. Infelizmente, muitos crentes dão pouco valor à mente, à razão, ao conhecimento. Quando Deus controla a nossa mente, Satanás não pode levar o crente a fracassar. O crente que estuda a Bíblia e está firmado na Palavra de Deus não cede às novidades facilmente.
6. A espada do Espírito – v. 17
• A espada do Espírito é arma de ataque. Esta espada é a Palavra de Deus. Vencemos os ataques do diabo e triunfamos sobre ele através da Palavra. É pela Palavra que saqueamos o reino das trevas, a casa do valente. É pela Palavra que os cativos são libertos. A Palavra é poderosa, é viva, é eficaz.
• Moisés quis libertar os israelitas com a espada carnal e fracassou, mas quando usou a espada do Espírito o povo foi liberto.
• Pedro quis defender a Cristo com a espada e fracassou, mas quando brandiu a Espada do Espírito, multidões se renderam a Cristo.
• Cristo venceu Satanás no deserto usando a espada do Espírito.
• As viagens de Paulo, pregando o evangelho, plantando igrejas e arrancando vidas da potestade de Satanás para Deus é uma descrição eloquente de como ele usou a espada do Espírito.
• Precisamos conhecer a Palavra. “Este livro o afastará do pecado ou o pecado o afastará deste livro”. Há crentes mais comprometidos com a coluna esportiva do que com a Palavra de Deus.
• CRISTO É TODA A ARMADURA DE DEUS PARA NÓS.
III. A ENERGIA COM A QUAL DEVEMOS LUTAR ESSA GUERRA – V. 18-20
• A oração é a energia que capacita o soldado crente e usar a armadura e brandir a espada do Espírito. A palavra de Deus dirigida aos homens é deveras poderosa, especialmente quando ela se acha em íntima relação com a palavra dos homens dirigidas a Deus. Nós não podemos lutar nessa guerra com as nossas próprias forças, no nosso próprio poder. Moisés orou e Josué brandiu a espada contra Amaleque. Oração e Ação caminham juntos (Ex 17:8-16).
• A oração é o poder para a vitória.
1. O tempo da oração – v. 18
• Isso significa que nós devemos estar em constante comunhão com Deus. É errado dizer: “Senhor, nós vimos agora à tua presença”, porque o crente jamais tem licença para sair da presença do Senhor. O crente deve orar sempre, porque ele está sempre exposto ao ataque do inimigo.
2. A natureza da oração – v. 18
• “Com toda oração” é mais do que um tipo de oração. Devemso usar súplica, intercessão e ação de graças. O crente que ora apenas pedindo coisas está perdendo o real significado da oração que é manter-se em intimidade com Deus, deleitando-se nele.
3. A esfera da oração – v. 18
• “No Espírito” signica que essa oração precisa ser motiva e assistida pelo Espírito (Rm 8:26-27). Não é oração no monte, ou em línguas, mas no Espírito. O Espírito nos assiste em nossa fraqueza porque não sabemos orar como convém. O Espírito é como o fogo que faz o incenso da oração subir como aroma suave diante de Deus. É possível, porém, orar ferventemente, mas na carne.
4. A vigilância da oração – v. 18
• Devemos orar com os olhos abertos. Devemos orar e vigiar. Devemos fazer como Neemias: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (Ne 4:9).
• Orar e vigiar é o segredo da vitória sobre o mundo (Mc 13:33), a carne (Mc 14:38) e o diabo (Ef 6:18). Porque Pedro dormiu e não orou nem vigiou, ele foi derrotado no Getsêmani (Mc 14:29-31, 67-72).
5. A perverança da oração – v. 18
• A igreja primitiva orou com perseverança (Atos 1:14; 2:42; 6:4) e nós também devemos orar da mesma forma (Rm 12:12). Robert Law disse: “A oração não é para fazer a vontade do homem no céu, mas fazer a vontade de Deus na terra”.
6. O alcance da oração – v. 18-20
• Somos um exército, precisamos uns pelos outros e orar por todos os santos. Quando um soldado cai, tornamo-nos mais vulneráveis. Precisamos uns dos outros. Precisamos orar uns pelos outros.
• Nenhum soldado entrando em combate ora só por si, mas também por seus companheiros. Eles constituem um exército, e o sucesso de um é o sucesso de todos.
• Paulo pede oração por si mesmo, não para se livrar da prisão, mas para tornar-se mais eficaz na proclamação do evangelho (Ef 6:19-20).
IV. O ENCORAJAMENTO PARA LUTAR ESSA GUERRA – V. 21-24
1. Não estamos sozinhos na batalha – v. 21-22
• Nós não estamos lutando essa guerra sozinhos. Há outros soldados, outros crentes que estão lutando conosco e nós devemos nos esforçar para encorajar uns aos outros. Paulo encorajou os efésios. Tíquico foi um encorajamento para Paulo. Agora Paulo está enviando Tíquico para encorajar os efésios. Paulo compartilhava seus problemas e desafios. Ele queria que o povo soubesse o que Deus estava fazendo e como suas orações estavam sendo respondidas e o que Satanás estava fazendo para opor-se à obra de Deus.
• É um grande encorajamento fazer parte da família de Deus. Não existe em qualquer parte do Novo Testamento sustentação para a idéia de um crente isolado. O crentes são como ovelhas, eles precisam estar no meio do rebanho. Cristãos são como soldados, precisam estar juntos e lutar juntos as guerras do Senhor.
2. Mesmo em guerra, nós somos o povo mais abençoado do mundo – v. 23-24
• Observe as palavras que Paulo usa na conclusão desta carta: paz, amor, fé e graça. Paulo era um prisioneiro em Roma, mas mesmo assim, ele era mais rico do que o imperador. Não importa em que circunstâncias possamos estar, se estamos em Cristo, nós somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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