A premiê Ângela Merkel tinha 30 dias para anunciar um sucessor, mas precisou de somente dois para conseguir a indicação por meio de um consenso entre o partido do governo e a oposição, que foram unânimes na escolha de Gauck.
O ex-presidente Christian Wulff deixou o cargo após ser descoberto ao tentar impedir um jornal de publicar uma reportagem constrangedora a respeito de um empréstimo imobiliário subsidiado. Apesar de dizer não ter feito nada de ilegal, acabou renunciando, alegando que não poderia seguir sem a confiança da população alemã.
O escândalo começou quando surgiu a notícia de que ele havia deixado no mês de dezembro um recado telefônico ao editor do jornal mais vendido da Alemanha, o Bild, com ameaças e coações caso o tabloide publicasse uma reportagem sobre o empréstimo.
Merkel apontou Joachim Gauck como “professor de democracia”. Ele goza de grande popularidade no País e os partidos cristãos(CDU/CSU) e seu aliado liberal FDP, além do Partido Social Democrata e os Verdes já mostravam a tendência de escolher seu nome para ocupar o cargo a partir de uma ampla maioria na bancada.
Gauck se disse “entusiasmado e um pouco perplexo” com a notícia de sua escolha para o cargo de mais alto representante do Estado alemão. Recusando-se a receber louvores antecipadamente, ele afirmou que o mais importante foi a confiança conferida a ele por Merkel e os outros partidos.
Gauck é natural do Leste Alemão e Teólogo por formação. Foi ainda ativista dos direitos civis na antiga Alemanha comunista, segundo a rede de TV alemã Deutsche Welle.
Fonte: The Christian Post
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